29 de ago. de 2021

Cinco Plantas Que te Permitem ter Sonhos Lúcidos

 Algumas pesquisas indicam que metade da população mundial já teve pelo menos um sonho lúcido na vida, quer dizer, já soube que estava dormindo enquanto sonhava. Isso também significa que a outra metade nunca teve, mas algumas plantas podem ajudar a induzir as experiências.


Ervas e plantas fazem parte do ecossistema do nosso planeta desde as origens e vêm sendo utilizadas por culturas ancestrais para explorar novos caminhos da mente. E, segundo os adeptos destas cinco plantas, seu uso potencializa a capacidade de ter sonhos lúcidos.


Raiz dos Sonhos dos Xhosa:



Os Xhosa são um grupo étnico da África do Sul e costumam ingerir raízes para estimular sonhos vívidos e proféticos. Elas são utilizadas em rituais de iniciação de xamãs e acredita-se que possibilitam a comunicação com os ancestrais. As raízes são moídas até viraram pó, misturadas à água e bebidas de manhã, de estômago vazio. Os efeitos são sentidos à noite, especialmente depois de adormecer. Os Xhosa comparam os efeitos à sensação de estar sob a água. E, segundo eles, a raiz não faz efeito em quem não tem potencial de comunicação com outros planos.



Artemísia


Os europeus usam muito essa planta para tratar problemas digestivos ou para enfrentar parasitas, mas elas também são utilizadas para potencializar os sonhos. Elas podem ser fumadas, queimadas como incenso ou mesmo bebidas como chá. Além dos sonhos lúcidos e cheios de significado, as artemísias também são conhecidas por trazer pensamentos das profundezas do subconsciente para os sonhos


Ayahuasca

Tradicional entre os povos amazônicos, especialmente no Peru, a ayahuasca tem se popularizado cada vez mais entre pessoas em busca de autoconhecimento e novas experiências espirituais. Além dos rituais que possibilitam revelações transcendentais e novos entendimentos sobre a vida e o universo, há relatos de usuários que adormeceram e conseguiam, sabendo que estavam dormindo, controlar suas ações durante o sonho.


Lótus Azul

Essa bela flor nasce às margens do Rio Nilo, e os antigos egípcios já conheciam seu potencial, adicionando-a ao vinho durante comemorações. Com efeitos afrodisíacos, ela era associada às origens da vida. Normalmente utilizada em chás, os usuários dizem sentir um aquecimento na cabeça e na parte de cima do corpo, além de um sentimento de calma que lembra os sonhos. Muitos a utilizam para aprimorar a meditação, e há vários relatos de que a flor induz sonhos lúcidos.


Celastrus Paniculatus



Esta planta é nativa da Índia, e por séculos vem sendo utilizada em tradições culturais e medicinais do país, como na Ayurveda. Conhecida como “Árvore do Intelecto”, ela é usada para melhorar o foco e relaxar a mente, além de melhorar a memória. Os adeptos do uso costumam ingerir entre dez e quinze sementes diariamente, e relatam melhoras nas funções cognitivas e facilidade para organizar os pensamentos. Além disso, eles garantem que os sonhos lúcidos se tornam mais frequentes. 


Fonte: https://www.hypeness.com.br/2016/06/conheca-os-misterios-de-cinco-plantas-legalizadas-que-te-permitem-ter-sonhos-lucidos/


24 de jun. de 2021

Como será a vida na terra em 30 anos !

 Veja em 7 pontos como será a vida na Terra nos próximos 30 anos, segundo a ONU


Amazônia virando savana, fome, seca, doenças: 


O painel de climatologistas alerta que efeitos do aquecimento global vão remodelar o mundo mesmo se a humanidade conseguir conter as emissões de gases estufa.





 Um esboço de um relatório histórico do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC) – órgão consultivo da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima – aponta que as mudanças climáticas fruto das ações humanas devem afetar fundamentalmente a vida na Terra já nos próximos 30 anos, mesmo se as emissões de gases estufa forem contidas.



Obtido em primeira mão pela agência de notícias France Presse, o documento, que tem 4 mil páginas, aponta riscos como extinção de espécies, disseminação de doenças, calor insustentável à vida e colapso dos ecossistemas, entre outros.


"O pior ainda está por vir e afetará as vidas dos nossos filhos e netos muito mais do que as nossas", diz o relatório.

O texto só deve ser publicado em 2022 – tarde demais, dizem alguns cientistas, para influenciar decisões na conferência da ONU deste ano sobre o clima, a COP26, em novembro.


Nesta reportagem, você vai entender quais são os principais impactos apontados no relatório, divididos em 7 eixos temáticos. Ao final estão algumas possíveis ações de mudança listadas pelos especialistas:


Colapso de ecossistemas

Extinção de espécies

Aumento do nível e aquecimento de oceanos

Seca

Fome

Doenças

Calor extremo





1. Colapso de ecossistemas


Coral embranquecido é visto no local onde redes de pesca abandonadas o cobriram em um recife na área protegida de Ko Losin, na Tailândia, depois que um grupo de mergulhadores voluntários e o Centro de Pesquisa de Recursos Costeiros, auxiliado pela Marinha Real da Tailândia, removeram 2.750 m² de rede, no dia 20 de junho de 2021.


Com emissões altas, a seca e os incêndios florestais podem transformar metade da Floresta Amazônica em savana, produzindo mais aquecimento.


Restaurar florestas pode estocar carbono e ajudar a reduzir a vulnerabilidade humana às mudanças climáticas. Entretanto, plantar árvores fora das florestas naturais – como em pastagens e savanas – pode prejudicar a biodiversidade e aumentar os riscos climáticos.




EQUILÍBRIO: indígenas viveram na Amazônia por 5 mil anos sem destruir bioma, mostra estudo


Uma combinação de temperaturas mais elevadas, aridez e secas significa que as temporadas de incêndios florestais em todo o planeta serão mais longas, e as áreas com potencial de queima dobrarão de tamanho: na tundra ártica e na floresta boreal, a área queimada aumentou nove vezes em toda a Sibéria entre 1996 e 2015.


Muitos ecossistemas terrestres, de água doce, oceânicos ou costeiros estão atualmente "perto ou além" dos limites de sua capacidade de adaptação às mudanças climáticas.


Com um aquecimento de 2ºC – até agora, a temperatura do planeta já aumentou em 1,1ºC –, cerca de 15% do permafrost siberiano poderia se perder até 2100, liberando entre 36 bilhões e 67 bilhões de toneladas de carbono do solo congelado.

Há um risco de extinção cultural dos povos originários do Ártico se o ambiente no qual construíram seus modos de vida e sua história derreter.



2. Extinção de espécies


"Mesmo com um aquecimento de 1,5º C, as condições vão mudar além da habilidade de muitos organismos de se adaptar", destaca o relatório.

As taxas de extinção estão se acelerando drasticamente e são estimadas em cerca de mil vezes mais do que antes do impacto das atividades humanas na Terra no século passado.


Até 54% das espécies terrestres e marinhas do mundo estarão ameaçadas de extinção neste século, com o aquecimento de 2ºC a 3ºC com base nos níveis pré-industriais. Espécies de montanhas e ilhas estão particularmente em risco.


Mesmo com o aumento de 2ºC na temperatura, animais polares – como pinguins, focas e ursos – e áreas de rica biodiversidade – como recifes de coral de água quente e manguezais – estarão sob ameaça severa.


Entre 70% e 90% dos recifes de coral do mundo devem diminuir com um aquecimento global limitado a 1,5ºC. Para além disso, eles sofrerão "perdas mais extensas".


Confrontados com o aumento das temperaturas, muitas plantas e animais irão se afastar em centenas de quilômetros de seus habitats naturais até o fim do século.


3. Aquecimento e aumento do nível dos oceanos.


Um aumento de 1,5°C na temperatura do planeta resultaria em um aumento de 100 a 200% na população afetada por enchentes em Brasil, Colômbia e Argentina, 300% no Equador e Uruguai e 400% no Peru.




No futuro mais imediato, algumas regiões – leste do Brasil, sudeste da Ásia, o Mediterrâneo, centro da China – e as zonas costeiras em quase todo o mundo serão atingidas por três, quatro ou mais calamidades de uma vez: seca, ondas de calor, ciclones, incêndios florestais, inundações.


Inundações, irão deslocar, em média, 2,7 milhões de pessoas anualmente na África. Até 2050, mais de 85 milhões de pessoas podem ser obrigadas a deixar suas casas na África Subsaariana devido a impactos induzidos pelo clima.


Em 2050, as cidades costeiras na "linha de frente" da crise climática terão centenas de milhões de pessoas expostas ao risco de tempestades cada vez mais frequentes e mais mortais devido à elevação do nível dos mares.


Pesquisas recentes mostraram que um aquecimento de 2ºC poderia levar o gelo derretido no topo da Groenlândia e no oeste da Antártica – com água congelada suficiente para elevar os oceanos em 13 metros – a passar do ponto de não retorno.


A última vez que os oceanos viram os níveis de acidificação e esgotamento de oxigênio projetados para 2100, com um cenário de altas emissões, ocorreu cerca de 56 milhões de anos atrás.


Ondas de calor marinhas – que podem danificar e matar corais, florestas de algas marinhas, prados de ervas marinhas e invertebrados – se tornaram 34% mais frequentes e 17% mais longas entre 1925 e 2016.


4. Seca


"A água é uma das questões com que a nossa geração vai se confrontar muito em breve. A falta de acesso a água potável afetará nossa saúde, não só na luta pela água, mas também em doenças relacionadas à falta de água e saneamento“, afirmou à AFP Maria Neira, diretora do Departamento de Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS).


Interrupções no ciclo da água causarão o declínio de cultivos básicos dependentes de chuva na África Subsaariana. Até 40% das regiões produtoras de arroz na Índia podem se tornar menos adequadas para o cultivo do grão.




Até 2050, entre 31 e 143 milhões de pessoas terão que se deslocar devido à escassez de água, questões agrícolas e ao aumento do nível do mar na África Subsaariana, sul da Ásia e América Latina, a depender dos níveis de emissões de carbono.


"Haverá deslocamentos em massa, migrações em massa e precisamos tratar tudo isso como um problema global“, disse Neira.


Até 75% do suprimento de água subterrânea – a principal fonte de água potável para 2,5 bilhões de pessoas – também podem ser afetados até o meio do século.


Embora o custo econômico dos efeitos do clima sobre o abastecimento de água varie geograficamente, espera-se que ele reduza em 0,5% o PIB global até 2050.


Cerca de 350 milhões a mais pessoas morando em áreas urbanas serão expostas à escassez de água devido a secas severas com um aquecimento de 1,5º C, e 410 milhões com um aquecimento de 2º C.


5. Fome


Pandemia faz crescer número de brasileiros em insegurança alimentar grave

Pandemia faz crescer número de brasileiros em insegurança alimentar grave


"A base da nossa saúde é sustentada por três pilares: a comida que comemos, o acesso à água e o abrigo. Esses pilares são totalmente vulneráveis e estão prestes a desabar“, disse à AFP Maria Neira, diretora do Departamento de Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS).


Até 80 milhões a mais de pessoas correrão o risco de passar fome até 2050.

Como acontece com a maioria dos impactos climáticos, os efeitos na saúde humana não serão sentidos da mesma forma por todos; o esboço do relatório sugere que 80% da população sob risco de fome vive na África e no sudeste da Ásia.


À medida que as mudanças climáticas reduzem a produtividade e a demanda por cultivos para biocombustíveis e florestas que absorvem CO2 cresce, os preços dos alimentos devem aumentar em quase um terço em meados do século, deixando mais 183 milhões de pessoas em famílias de baixa renda à beira da fome crônica.


Dezenas de milhões de pessoas a mais podem enfrentar fome crônica até 2050 e 130 milhões a mais poderão experimentar a pobreza extrema em uma década se permitirmos o aprofundamento da desigualdade.


Na Ásia e na África, mais 10 milhões de crianças sofrerão de desnutrição e atraso no crescimento em meados do século, sobrecarregando uma nova geração com problemas de saúde para o resto da vida, apesar do maior desenvolvimento socioeconômico.


A produção global de milho já caiu 4% desde 1981 devido às mudanças climáticas, e o aquecimento induzido pela atividade humana na África Ocidental reduziu a produção de milhete e sorgo em até 20% e 15%, respectivamente.


A frequência de perdas repentinas na produção de alimentos já vem aumentando de forma constante nos últimos 50 anos.


Entre 2015 e 2019, estima-se que 166 milhões de pessoas, principalmente na África e América Central, tenham necessitado de assistência humanitária devido a emergências alimentares relacionadas ao clima.


O potencial de captura da pesca marinha – da qual milhões de pessoas dependem como principal fonte de proteína – deve diminuir entre 40% e 70% em regiões tropicais da África, se não houver redução na poluição por carbono.


O teor de proteína do arroz, trigo, cevada e batata deve cair entre 6,4% e 14,1%, colocando cerca de 150 milhões de pessoas em risco de deficiência de proteínas. Os micronutrientes essenciais – que já estão em falta em muitas dietas do Sul Global – também caem com o aumento das temperaturas.


"Se você sobrepõe os locais onde as pessoas já passam fome com onde as safras serão mais prejudicadas pelo clima, verá que são os mesmos lugares que já sofrem com uma elevada desnutrição", disse à AFP a pesquisadora Elizabeth Robinson, professora de economia ambiental da Universidade de Reading, no Reino Unido, e autora colaboradora na avaliação de saúde global da Lancet Countdown.


Como a fome deixa 19 milhões de brasileiros mais vulneráveis à Covid-19: 'Não há sistema imune que resista'


6. Doenças


Próxima epidemia ‘já está a caminho’, alerta médico sobre desmatamento na Amazônia

Próxima epidemia ‘já está a caminho’, alerta médico sobre desmatamento na Amazônia


Enquanto as temperaturas em elevação aumentam os hábitats dos mosquitos, estima-se que até 2050 metade da população mundial esteja exposta a doenças provocadas por vetores, como dengue, febre amarela e zika.




Sem reduções significativa das emissões de carbono, 2,25 bilhões de pessoas a mais poderiam ser colocadas em risco de dengue na Ásia, Europa e África.


Os riscos decorrentes da malária e da doença de Lyme devem aumentar, e as mortes infantis por diarreia tendem a crescer até pelo menos o meio do século, apesar do maior desenvolvimento socioeconômico em países de alta incidência.


As mudanças climáticas aumentarão o peso de doenças não transmissíveis: as doenças associadas à má qualidade do ar e à exposição ao ozônio, por exemplo, "aumentarão substancialmente".


Haverá também maiores riscos de contaminação de alimentos e água por toxinas marinhas, indica o relatório. Assim como a maioria dos impactos relacionados com o clima, estas doenças irão castigar os mais vulneráveis.


As escolhas políticas feitas agora podem reduzir essas consequências para a saúde, mas muitas são simplesmente inevitáveis a curto prazo, segundo o relatório.


"A Covid tornou as fissuras em nossos sistemas de saúde extremamente visíveis", disse Stephanie Tye, pesquisadora associada da Prática de Resiliência Climática do Instituto Mundial de Recursos, que não esteve envolvida no relatório do IPCC.


"Os efeitos e choques das mudanças climáticas irão sobrecarregar os sistemas de saúde ainda mais, por um período muito mais longo e de maneiras que ainda estamos tentando compreender totalmente", acrescentou Tye.


7. Calor extremo


O aumento das temperaturas reduzirá a capacidade física de trabalho, com o sul da Ásia, a África Subsaariana e partes das Américas Central e do Sul perdendo até 250 dias de trabalho por ano até 2100.


Um adicional de 1,7 bilhão de pessoas serão expostas a um calor severo e 420 milhões serão submetidas a ondas de calor extremas a cada cinco anos se as temperaturas aumentarem de 1,5°C para 2°C de aquecimento.




Esse meio grau a mais na temperatura também significará mais 420 milhões de pessoas expostas a ondas de calor extremas e potencialmente letais.

Até 2080, de 390 a 490 milhões de moradores de cidades na África Subsaariana, e de 940 milhões a 1,1 bilhão no sul e sudeste da Ásia poderão enfrentar mais de 30 dias de calor extremo a cada ano.


Ações de mudança:


O IPCC destaca que muito pode ser feito para evitar os piores cenários e nos prepararmos para os impactos que não podem mais ser evitados – esta é a lição final.


Mas simplesmente trocar um carro a gasolina por um modelo elétrico ou plantar bilhões de árvores para compensar o modo usual de fazer as coisas não irá resolver o problema.


"Nós precisamos redefinir nosso estilo de vida e consumo", alerta o documento. "Precisamos de uma mudança transformadora em processos e comportamentos em todos os níveis: individual, comunitário, n`os negócios, instituições e governos".

Veja algumas ações de mudança apontadas:


Reduzir à metade o consumo de carne vermelha e dobrar a ingestão de castanhas, frutas e vegetais poderia diminuir as emissões de gases-estufa em até 70% até 2050 e salvar a vida de 11 milhões de pessoas até 2030.


A preservação e a restauração dos chamados ecossistemas de carbono azul (que sequestram carbono), tais como florestas de algas e manguezais, por exemplo, aumentam o armazenamento de carbono e protegem contra tempestades, além de fornecer habitats para a vida selvagem, sustento para comunidades costeiras e segurança alimentar.


"A vida na Terra pode se recuperar de uma drástica mudança climática evoluindo para novas espécies e criando novos ecossistemas. Os seres humanos não podem", sinaliza o relatório.



13 de jun. de 2021

Sais (formação, propriedades)

  Sais são substâncias químicas formadas por ligações iônicas entre os átomos. A função inorgânica sal corresponde aos compostos iônicos que possuem, pelo menos, um cátion diferente de H+ e um ânion diferente de OH-.

Os sais estão presentes em nosso cotidiano, sendo bastante utilizados na alimentação e também em outras áreas. São exemplos de sais:

  • Cloreto de sódio (NaCl): conhecido popularmente como sal de cozinha
  • Carbonato de cálcio (CaCO3): presente nos mármores e no calcário
  • Sulfato de cálcio (CaSO4): compõe o giz escolar e o gesso
  • Bicarbonato de sódio (NaHCO3): utilizado na culinária, medicamentos e como agente de limpeza

Essas substâncias são geralmente formadas em uma reação de neutralização, quando um ácido e uma base reagem e produzem um sal e água.

HCl(ácido) + NaOH(base) → NaCl(sal) + H2O(água)

Nesta reação, os reagentes ácido clorídrico (HCl) e hidróxido de sódio (NaOH) formam os produtos cloreto de sódio (NaCl) e água (H2O).

Na ligação iônica ocorre com a transferência de elétrons entre os átomos e para isso um dos átomos deve ser um metal e o outro um ametal. Com isso, formam-se espécies químicas positivas, os cátions, por doarem elétrons e os de carga negativa, ânions, que os receberam.

Observe na imagem a seguir como ocorre a formação do cloreto de sódio (NaCl).

Formação de um sal por ligação iônica

O átomo do metal sódio (Na) doa um elétron para o átomo de cloro (Cl). Sendo assim, forma-se o cátion Na+, que consiste no íon de sódio positivo, e o ânion Cl-, que corresponde ao íon de cloro negativo.

Características dos Sais

Importante observar que, em solução aquosa, os ácidos liberam sempre cátion H+ e as bases liberam o ânion OH- (conceito de Arrhenius).

Os sais, porém, não possuem sempre o mesmo cátion ou ânion e, por esse motivo, não revelam propriedades funcionais bem definidas. Entretanto, podemos dizer que no geral:

  • São compostos iônicos (formados por aglomerados de íons e não por moléculas);
  • Muitos apresentam sabor salgado característico (quase sempre venenosos);
  • São sólidos e cristalinos;
  • Conduzem corrente elétrica em solução;
  • Sofrem fusão e ebulição em altas temperaturas;
  • Solúveis em água (exceções: alguns sulfetos; os cloretos, brometos e iodetos com os cátions Ag+, Hg22+ e Pb2+, entre outros).

Classificação e nomenclatura dos sais

Segundo o modo como ocorre a reação de formação dos sais, são classificados em três tipos:

Sais neutros ou normais

Reação de neutralização total (reagem todos os H+ do ácido e todas as OH- da base). Esses sais quando dissolvidos em água não alteram o pH.

Exemplos:

NaOH (base) + HCl (ácido) → NaCl (sal normal) + H2O

3NaOH (base) + H3PO4 (ácido) → Na3PO4 (sal normal) + 3H2O

Nome dos Sais Normais: o nome do sal provém do nome do ânion do ácido, cuja terminação _ídrico ou _oso ou _ico será substituída respectivamente por: _eto ou_ito ou _ato e do cátion da base.

Sal = (nome do ânion) + sufixo eto/ito/ato de (nome do cátion).

Assim:

  1. ácido clorídrico (HCl) + hidróxido de sódio (NaOH) → cloreto de sódio (NaCl) + água
  2. ácido nitroso(HNO2) + hidróxido de potássio(KOH) → nitrito de potássio(KNO2) + água
  3. ácido ortofosfórico (2H3PO4) + hidróxido de cálcio(3Ca(OH)2 → ortofosfato de cálcio [Ca3(PO4)2] + água (6H2O)

Sais ácidos ou hidrogenossais

Reação de neutralização parcial do ácido (quando nem todos os H+ do ácido reagem, então o sal possui em sua estrutura um ou mais hidrogênios ionizáveis oriundos do ácido).

Exemplo:

NaOH (base) + H2SO4 (ácido) → NaHSO4 (sal ácido) + H2O

Nome dos Sais Ácidos: semelhante aos sais normais, mas com indicação do número de H+ pelos prefixos mono, di, tri, etc.

Sal = prefixo do nº de H+ + (nome do ânion) + sufixo eto/ito/ato de (nome do cátion).

ácido sulfúrico (H2SO4) + hidróxido de sódio(NaOH) → monoidrogenosulfatode sódio (NaHSO4) + água

ácido ortofosfórico (H3PO4) + hidróxido de sódio(NaOH) → diidrogeno-ortofosfato de sódio (NaH2PO4) + água

Sais básicos ou hidroxissais

Reação de neutralização parcial da base (Se nem todas as hidroxilas reagirem, o sal tem em sua estrutura uma ou mais hidroxilas).

Exemplo:

Ca(OH)2 (base) + HCl (ácido) → Ca(OH)Cl (sal básico) + H2O

Nome dos Sais Básicos: semelhante aos sais normais, indicando porém o número de OHem sua estrutura.

Sal = prefixo do nº de OH+ (nome do ânion) + sufixo eto/ito/ato de (nome do cátion).

ácido clorídrico (HCl) + hidróxido de cálcio [Ca(OH)2] → monoidroxicloreto de cálcio [Ca(OH)Cl] + água

ácido clorídrico (2HCl) + hidróxido de alumínio [Al(OH)3] → monoidroxicloretode alumínio [Al(OH)Cl2] + água

Sais duplos ou mistos

Reação de um di, tri ou tetrácido com diferentes bases (sal duplo quanto ao cátion) ou de um uma di, tri ou tetrabase com ácidos diferentes (sal duplo quanto ao ânion).

Exemplos:

Quanto ao cátion:

H2SO4 (diácido) + KOH (base) + NaOH (base) → KNaSO4 (sulfato duplo de potássio e sódio) + 2H2O

H3PO4 (triácido) + 2KOH (base) + NaOH (base) → K2NaPO4 (ortofosfato dipotássio monossódico)

Quanto ao ânion:

Ca(OH)2 (dibase) + HBr (ácido) + HCl (ácido) → CaBrCl (cloreto-brometo de cálcio) + 2H2O

Al(OH)3 (tribase) + H2SO4(ácido) + HCl (ácido) → Al(SO4)Cl (cloreto-sulfato de alumínio) + 3H2O

Fonte: Toda matéria

Níquel metálico

 níquel é um metal de transição, de símbolo Ni, resistente a altas temperaturas, corrosão e oxidaçãoPor essas propriedades, é aplicado em ligas metálicas, na fabricação do aço inoxidável e no revestimento de outros metais. A toxidade do níquel só se manifesta quando ingerido em altas doses ou inalado por longo tempo.

O níquel está presente em pequenas quantidades no ar, na água, nas plantas e nos alimentos, também em utensílios do nosso cotidiano, como moedas, baterias, bijuterias e acessórios. O Brasil está em décimo lugar em reservas de níquel, que é extraído principalmente de solos lateríticos e de minerais sulfetados.

Propriedades do níquel

O níquel é um metal de transição de número atômico 28.
  • Símbolo: Ni
  • Estado físico: sólido (para condições normais de temperatura e pressão)

  • Massa atômica: 58,6934 u

  • Número atômico: 28

  • Ponto de fusão: 1454,85 °C

  • Ponto de ebulição: 2912,85 °C

  • Eletronegatividade: 1,91

  • Configuração-eletrônica: 1s2s2p3s3p4s3d8

  • Características do níquel

    • Aspecto branco prateado e sólido

    • Duro

    • Maleável

    • Resistente à corrosão e oxidação

    • Resistente a altas temperaturas

    • Transforma-se em um ímã quando entra em um campo magnético.

    O níquel tem sua aparência branca prateada e é sólido nas condições normais de temperatura e pressão.

    História do níquel

    A utilização do níquel é datada do século IV a.C. O mineral era obtido e utilizado misturado ao cobre. Em 200 a.C, na China, já se usava uma liga de níquel chamada de cobre branco. Os peruanos consideravam que o níquel era um tipo de prata, por suas características físicas e sua resistência à oxidação.

    Axel Fredrik Cronstedt, químico mineralogista, em 1751, investigou a presença de um novo mineral oriundo de uma mina sueca, que, a princípio, ele acreditava ser resíduos incrustados no mineral de cobre, mas, no decorrer de suas pesquisas, descobriu que se tratava de um novo metal. Em 1754, nomeou-o níquel. Aproximadamente 20 anos depois, Torbern Bergman, químico sueco, que contribuía com outras áreas da ciência, entre elas mineralogia e geologia, conseguiu isolar o metal, produzindo o níquel puro. Após essa descoberta, confirmou-se a natureza elementar da espécie.

    Obtenção do níquel

    O Brasil é o 10° país em reservas de níquel, em primeiro lugar está Cuba, com 17,6% do níquel de todo o mundo. O níquel é extraído de dois tipos de minerais:

    • lateríticos

    • sulfetados

    Os lateríticos são solos compostos pela degradação das rochas de origem, com grande quantidade de óxidos de metais, e os minerais sulfetados são compostos pela combinação de metaloides com enxofre.
    Os minérios sulfetados representam 55% da produção de níquel, o processo de extração acontece por fundição:

    • primeiro, o mineral passa por secagem;

    • depois, é preaquecido e enriquecido com oxigênio, obtendo como produto matte, mistura de níquel, ferro, cobre, enxofre e subprodutos de fundição mineral. Dessa mistura pode-se ter até 70% de Ni;

    • por fim, o matte é reagido com ácido sulfúrico, formando sulfatos que são submetidos à eletrorredução para obtenção do metal de interesse.

    O forno metalúrgico é utilizado para processo de fundição.

    Outra fonte de obtenção do níquel são os minerais oxidados, os lateríticos, que compõem 70% das reservas de níquel. A garnierita é a espécie mineral do grupo dos oxidados que contém a maior porcentagem de níquel, e o refino dele é feito por processo pirometalúrgico, que consiste em:

    • secagem;

    • a calcinação que é feita para eliminação de produtos voláteis, como água e dióxido de carbono;

    • o material passa pela pirolose, que é a quebra por ação de calor a nível molecular;

    • é feita a fundição do metal e o refino, dos quais se deve obter níquel a 90-95% de pureza.

    Aplicações do níquel

    • Na fabricação de aço inoxidável e aços ligados (ligas com mais metal que carbono).

    • Superligas de níquel são utilizadas em indústrias aeroespaciais.

    • Como revestimento de outros metais, para proteção contra corrosão e oxidação.

    • Na fabricação de moedas.

    • Baterias recarregáveis.

    • Pó de níquel é utilizado como catalisador.

    • Composição de bijuterias.

  • Níquel foi utilizado para cunhar moedas durante muito tempo.

    Toxicologia

    A disponibilidade do níquel para a população em geral está em baterias, bijuterias e acessórios — nesse caso, o níquel pode causar dermatites quando em contato com a pele em condições adversas (alta temperatura, irritabilidade por reação alérgica, entre outros) —, e, em pequenas quantidades, na água, no ar e nos alimentos.

    Os riscos oferecidos pelo níquel estão relacionados principalmente ao contato diário com o metal, trabalhadores de indústrias de mineração ou indústrias que utilizam o níquel em ligas, em catalisadores, na fabricação de outros produtos, como cigarros, estão constantemente inalando partículas do mineral. Eles podem, com o tempo, sofrer disfunções no trato pulmonar e câncer no pulmão e nas vias respiratórias.

    A ingestão de grandes quantidades de níquel causa estomatites, disfunções sanguíneas, excreção de proteína pela urina, e má formação fetal. A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) classifica o níquel metálico como possível cancerígeno do grupo 2B e os compostos de níquel como cancerígenos do grupo 1.

  • Fonte: manual da química.